Terapia Ocupacional e Autismo


As crianças autistas apresentam problemas na organização e interpretação da informação sensorial, não conseguindo perceber e registrar os estímulos sensoriais, o que impede o processamento correto da informação, podendo resultar em situações de hiperresponsividade ou hiporresponsividade, ficando todo processo de Integração Sensorial comprometido.



Levando em conta a plasticidade (capacidade das estruturas do cérebro serem modificadas ou se modificarem), o Terapeuta Ocupacional durante as sessões oferece à criança, através de atividade, o uso repetido de estímulos sensoriais (propriocepção, vestibulares e tácteis) que irão promover mudanças no cérebro que proporcionarão uma organização no SNC assegurando o processamento correto da informação sensorial, proporcionando uma resposta correta ao estímulo apresentado.



Quando bem sucedida, pode desenvolver competências de atenção, concentração, audição, compreensão, equilíbrio e controle da impulsividade. Esta intervenção não irá diretamente proporcionar à criança a aquisição de competência de um nível superior, mas será a base necessária para que estas habilidades mais elaboradas se desenvolvam, como por exemplo, a aprendizagem.



As técnicas utilizadas pela Terapia Ocupacional ensinam atividades como se vestir, se alimentar, ir ao banheiro adequadamente, arrumar-se e enfeitar-se, e ainda proporciona o desenvolvimento da coordenação motora fina e a coordenação visual necessária para se aprender a ler e fazer atividades manuais, a coordenação motora grossa para habilitar o indivíduo a andar de bicicleta e as habilidades de percepção visual necessárias para a escrita.




Neste formato de atendimento a terapeuta irá auxiliar pais e responsáveis a detectar:

necessidades sensoriais em casa para ajudar na organização do comportamento;
autonomia da vida diária;
um brincar mais significativo para melhorar a comunicação e a relação em casa através de uma dieta sensorial.